O Game Pass é um serviço da Microsoft que realmente chegou para ficar, e assim como a Netflix você normalmente assina em busca de algo especifico, e no restante do mês vai assistindo e descobrindo coisas novas, no serviço da Microsoft para games acaba sendo a mesma coisa.
Por isso, apesar de dezembro (2018) ter tido lançamentos como PES 2019, Mortal Kombat X, e Hellblade: Senua’s Sacrifice escolhi dois jogos desconhecidos (para mim), pra instalar e testar. E foram excelentes surpresas! Apresentarei Strange Brigade aqui, e Mutant: Year Zero num próximo post.
STRANGE BRIGADE!! Essa frase será ouvida por você algumas centenas de vezes enquanto explora cavernas e cidades fantasmas cheias de múmias e criaturas “semi-mortas” controladas pelo espirito da tirana, Seteki.
Isso porque o jogo conta com um narrador, que de tão chato, chega a ser engraçado. Alias, para se ter uma ideia, existe uma Conquista que lhe garante 15G, só por irritar o narrador, ficando parado, sem pausar o jogo, enquanto ele fica tentando te convencer a fazer alguma coisa.
A história se passa nos anos 1930, e por isso faz uma alusão a filmes daquela época, com uma mistura de aventura, humor e horror, e claro, com um narrador acompanhando toda a aventura.
As cinematics seguem um estilo de filmagem em película e vão mostrando a jornada dos 4 heróis em um dirigível. Enquanto no jogo mesmo, vamos encontrando itens com mais informações sobre a história e cada um dos heróis.
O jogo é em terceira pessoa, com excelentes gráficos, apesar de que a beleza dos cenários chama tanta atenção que a gente acaba nem reparando muito nos detalhes principalmente do seu próprio personagem.
Não tem nenhum enredo surpreendente, ou grande plot-twist, inclusive você pode pular todos eles, apesar de que é legal saber mais de cada personagem, até porque você encontra pequenas histórias particulares desses personagens nas missões, que tornam a experiência mais interessante.
Os mapas são semi-lineares, no final você vai chegar sempre ao mesmo lugar, porém normalmente existem dois ou três caminhos para serem explorados, importante para encontrar todos os colecionáveis.
A parte boa é que você quase sempre terá um bocado de múmias para matar, e não estou falando de simples múmias não, temos múmias de espadas, de escudos, que cospem fogo, que se movimentam rapidamente, minotauros de pedra, piratas esqueletos… Enfim, existem uma série de inimigos, com características diferentes para você matar durante o percurso.
Para matar essas hordas de inimigos você terá a disposição armas e granadas básicas de acordo com o seu gosto (fuzil, espingarda, pistola, revolver, granada, molotov, mina…), que você pode incrementar usando runas encontradas na campanha, ou comprar melhores usando gold. Além de baús que também são abertos com gold e contém armas especiais, como lança-chamas, lança-granadas, fuzil com ricochete… além das inúmeras armadilhas encontradas nos mapas, que você pode usar ao seu favor para cortar, queimar ou explodir seus inimigos.
Falando dos heróis, a Strange Brigade é um grupo formado por 4 personagens (antes das dlcs) que viajam o mundo representando o Império Britânico, enfrentando ameaças sobrenaturais.
*Na verdade o que fizeram foi dar início a uma franquia, se o jogo fizer sucesso, já exitem mais personagens para serem lançados e inúmeras situações e histórias para serem exploradas.
Como dito, inicialmente são 4 personagens para serem escolhidos, cada um deles possui algumas características próprias, que na verdade não fazem muita diferença, mas podem combinar melhor com seu estilo do jogo, além de que certos lugares só podem ser acessados por certos personagens. Então são eles:
Ex pugilista e criada em meio a fumaça das industrias inglesas, Gracie é a “bruta” do grupo, por esse motivo ela é a personagem ideal para combates na curta distancia, causando dano físico em área, tendo como arma principal uma escopeta, além de sua granada recarrega mais rápido em relação aos outros heróis.
A guerreira Queniana, Nalangu é a mais veloz dos personagens (ah vá, só porque ela é do Quênia!), além disso, por conta dos seus conhecimentos misticos, ela recupera uma porção do próprio HP ao usar ataques físicos contra os inimigos.
Arquimedes é o arqueólogo da equipe, por ser o mais “coxinha e inteligente” ele consegue absorver joias a uma maior distância, e achar algumas passagens secretas que escondem tesouros.
*Esses locais só podem ser acessado por ele, mas os prêmios se resumem a gold.
Frank é o militar do grupo, possui o HP mais alto dentre os personagens e ao conseguir um headshot o inimigo explode.
Além da tradicional campanha, que pode ser jogada de forma cooperativa, o jogo também conta com os modos ‘Horda’ e o ‘Ataque por Pontos’.
-O modo Horda, também costuma ser tradicional nesses modos de jogo, nele ondas de inimigos aparecem, com um nível de dificuldade cada vez maior, até que você morra.
-Já o Ataque por Pontos é a oportunidade de você jogar bonito. Matar rápido os inimigos, aplicar headshots, não sofrer hits, tudo isso e outros objetivos, aumentam a sua pontuação, enquanto você precisa chegar até o final da fase dentro do tempo limite.
Enfim, estou recomendando o jogo porque ele é realmente bem divertido e eu não conhecia antes do lançamento no Game Pass.
O jogo possui alguns puzzles, mas nada complicado, o desafio mesmo é ficar atento aos cenários e encontrar todos os colecionáveis escondidos, isso aliás é um motivo a mais para jogar com outro personagem enquanto joga novamente após zerar a primeira vez, e desbloquear todas as conquistas.