Em Far Cry 4 nós controlamos Ajay Ghale, que retorna a terra natal de sua mãe, Kyrat (uma nação fictícia fortemente inspirada em locais da região Himalaia do Nepal), para realizar o ultimo desejo da sua finada mãe. Assim que ele chega é recepcionado de maneira sangrenta pelo ditador local. Depois de ser resgatado por um grupo de rebeldes, que depois explicam que fazem parte de um grupo criado por seu pai antes mesmo do nascimento dele, e agora esperam que ele os ajude a enfim derrubar o ditador Pagan Min.
Antes de falar o como a jogabilidade é boa, os cenários são lindos e o quão viciante é o jogo, vou martelar a história.
NÃO FAZ SENTIDO! E não digo pela ligação espiritual, coisas sobrenaturais, porque o 3 também tinha isso, mas no titulo anterior nós vemos a evolução do personagem, o sentimento dele depois de matar a primeira pessoa, como ele se sentia tendo que se salvar e salvar os amigos, além de vingar a morte do seu irmão.
Já o cara desse jogo, chega num vilarejo no meio do nada pela primeira vez na vida, e vê um bocado de gente morrer, um cara ser torturado por um maluco egocêntrico (nem vou falar que eu acho o Vaas muito melhor que ele para não polemizar ainda mais), pega um facão e sai matando geral, depois quando chega a vila dos rebeldes é recebido como o salvador, o cara que sozinho vai desmantelar um império. Sei que os Estados Unidos é um país cheio de emoções e aventuras, mas passaram um pouco do ponto né.
Os dois lideres que tentam te convencer que suas ideias são as melhores para a revolução, me fizeram querer ir ajudar o Pagan Min, o cara é um supersticioso do caramba que não consegue proteger suas estatuas gigantes, a outra só fica chorando dizendo que não tem moral só porque é mulher, mas quer transformar o país inteiro numa zona de trafico de drogas…
Mas pronto, desabafei, agora é só alegria. Não tem como começar falando de outra coisa senão como é legal tocar o terror montado num elefante, como ninguém pensou nisso antes? Sair atropelando a tudo e a todos é muito maneiro mesmo. Outra coisa que nós precisávamos e não sabíamos é o mini helicóptero para percorrer mais rapidamente o gigantesco mapa do jogo, e para chegar em algumas cavernas e até para facilitar a conquista das torres de radio.
Além do helicóptero, os elefantes e o arpéu (que ajuda na subida de alguns paredões específicos), o jogo no geral é uma evolução do 3, seguindo as formulas que funcionavam, como a caça de animais, retomada de torres de radio e bases inimigas, adicionaram também mais eventos aleatórios, parecidos com o existente em Watch Dogs, onde aqui nós temos que salvar os sempre idiotas rebeldes (taí uma coisa que eu devia ter citado no meu desabafo do começo, mas deixa pra lá) de ataques de animais ou do exercito e resgate de reféns. Outro item novo é o modo arena, um tipo de coliseu onde o bando de animais (que eu estou por algum motivo tentando salvar, já disse que a história não cola) assiste homens sendo dilacerados por feras ou as matando covardemente por diversão.
Tambem temos novos personagens, os malditos caçadores, que não ficam marcados no mapa por muito tempo e ainda controlam os animais para te atacar, e o esquema de convocação de grupo, se você não tiver amigos, ou seus amigos só fazem besteira, você pode usar um ticket e chamar um grupo de rebeldes idiotas para morrer por você.
Temos também as fortalezas, locais onde “vivem” os outros lideres do exercito do mal, são como base rivais mas com mais inimigos e em terrenos de mais difícil acesso. Depois de toma-las você libera a missão para acabar com o chefe da região.
Subir no Himalaia e proteger Shangri-la são interessantes mas nada fora do comum, nada que seja um diferencial na hora de adquirir o jogo, são apenas mais horas de jogo.
Algo que eu considero um problema e me persegue desde a versão anterior, é a inflação, a facilidade de se obter dinheiro. Eu costumo fazer missões segundarias primeiro, marco a missão principal mas vou fazendo todas as secundarias que estão no caminho e isso acaba de deixando cheio de dinheiro e sem ter o que comprar, porque a partir do momento em que eu consigo uma sniper com silenciador, eu não preciso de mais nada, eu não compro todas as armas, até porque elas acabam ficando de graça ao liberar torres ou pegar de inimigos, ou seja de um jeito ou de outro acabo deixando de receber algum tipo de recompensa. Não bastasse não ter a recompensa em dinheiro, acabei chegando ao nível máximo de karma (xp recebido após ajudar os rebeldes) antes mesmo de liberar a outra metade do mapa, comecei a fazer as missões só para avançar na história.
VEREDITO
Jogo muito divertido, leva semanas para zerar e talvez meses para completar 100% e conseguir todas as conquistas, a história ficou bem abaixo da contada no 3 e a inteligencia artificial dos rebeldes chega a ser irritante, mas nada que um massacre a bordo de elefantes não supere.
Mais que recomendado e que venha o Primal!